No desporto e no associativismo, o trabalho nunca está completo, e o caminho será sempre para a frente!
Certo de que, no final do mandato que agora termina, deixaremos a Federação de Triatlo de Portugal (FTP) melhor do que a recebemos, acreditamos igualmente que o valor que podemos acrescentar ao Triatlo está ainda longe de estar esgotado.
Sempre afirmei que só faz sentido abraçar este projeto com a equipa certa, e continuo a acreditar nesse princípio. A motivação e o dinamismo que nos impulsionaram aquando da candidatura original permanecem bem vivos, sendo agora enriquecidos com novas ideias e uma vontade renovada de contribuir para o desenvolvimento da modalidade, por aqueles que se juntam neste desafio de um novo ciclo olímpico.
O conhecimento profundo que esta equipa tem da nossa modalidade, conjugado com a vasta e diversificada competência pessoal e experiência profissional, asseguram a cooperação, desenvolvimento e a partilha de conhecimento e inovação, em prol da modalidade. Estou certo de que está reunida uma equipa capaz, diversificada, com competências variadas e que se complementa na união.
É fundamental continuar a crescer, de forma sólida e estruturada. Para tal, há que continuar a apoiar os clubes, abraçando projetos sustentáveis, que tragam valor para a modalidade. Mas tal só será possível com uma gestão desportiva eficiente, apoiada por uma gestão financeira escrupulosa.
Volvida a situação de falência técnica, a situação financeira da FTP é agora bastante melhor do que aquela registada num passado bem recente. Ainda assim, será necessário mais um par de anos de boa gestão para que a FTP possa estar numa posição sólida que permita decidir investimentos sem que o condicionalismo financeiro seja uma das principais preocupações ou barreiras.
Importa sublinhar que sacrificar o crescimento da modalidade, o apoio aos clubes e aos atletas, com o propósito exclusivo de melhorar a situação financeira, não é para nós uma solução realista, pois tal significaria colocar em risco o sucesso da modalidade a médio e longo prazo, hipotecando o seu futuro.
Acreditamos que o crescimento da modalidade é diretamente proporcional à capacidade dos clubes em desenvolverem projetos ecléticos, pelo que a continuação do aumento dos apoios terá que ser uma prioridade.
As competições nacionais são, agora, sustentáveis do ponto de vista financeiro, e gozam de uma popularidade e participação traduzida em indicadores superiores a quaisquer registos anteriores. Acreditamos que há que continuar a melhorar a qualidade das mesmas, e a oferta colocada à disposição do pelotão nacional. Por outro, importa, a curto prazo, refletir sobre o modelo de competições que necessitamos para o futuro, o qual deverá ser capaz de continuar a suportar o crescimento de participantes, bem como assegurar a competitividade necessária para o aparecimento e desenvolvimento de novos talentos.
No âmbito internacional, o alargamento das oportunidades competitivas dos atletas, bem como a independência de decisão por parte dos nossos melhores atletas face às suas escolhas competitivas e de desenvolvimento, são motivos de regozijo. E assim devem continuar.
Para último, ao nível da gestão interna da FTP, a renovação dos espaços da sede, da frota, bem como o esforço para melhorar as demais condições de trabalho dos funcionários, aliado ao incremento e melhoria das competências existentes, quer por meio da revalorização, quer por meio da aquisição de talento, será uma prioridade continuada.
É assim fundamental continuar a aumentar sustentavelmente a receita, mantendo o foco no controlo da despesa, através da contínua otimização de processos e revisões em áreas não essenciais.
O nosso profundo agradecimento a todos os que incentivaram esta candidatura. Iremos trabalhar para estar à altura dos desafios e das expectativas.
Um abraço,
Sérgio Dias